As hidrazonas e seus derivados constituem uma classe versátil de compostos na química orgânica. Estes compostos têm propriedades biológicas interessantes, tais como atividade anti-inflamatória, analgésica, anticonvulsivante, antituberculosa, antitumoral, anti-HIV e antimicrobiana. As hidrazonas são compostos importantes para o desenvolvimento de medicamentos, como possíveis ligantes para complexos metálicos, organocatálise e também para a síntese de compostos heterocíclicos. A preparação, o aumento da estabilidade hidrolítica em relação às iminas e a tendência para a cristalinidade são características desejáveis das hidrazonas. Devido a estas características positivas, as hidrazonas têm sido estudadas há muito tempo, mas grande parte da sua química básica permanece inexplorada. As hidrazonas contêm dois átomos de azoto conectados de natureza diferente e uma ligação dupla C-N que é conjugada com um par de elétrons isolado do átomo de azoto terminal. Esses fragmentos estruturais são os principais responsáveis pelas propriedades físicas e químicas das hidrazonas. Ambos os átomos de azoto do grupo hidrazona são nucleofílicos, embora o azoto do tipo amino seja mais reativo. O átomo de carbono do grupo hidrazona tem propriedades eletrofílicas e nucleofílicas.