Nas últimas duas décadas, a Índia alcançou uma elevada taxa de crescimento económico, mas este crescimento é prejudicado pelo fraco desempenho do país em termos de desenvolvimento humano e indicadores de saúde. A saúde reprodutiva, como a saúde infantil, a morbidade e a mortalidade materna, continua elevada em comparação com outros países das regiões do sul e leste da Ásia. Na verdade, os indicadores de saúde da Índia são equivalentes aos de países com baixa taxa de crescimento económico. Estima-se que ocorram entre 301 e 450 mortes maternas por cada 100 000 nascidos vivos e que aproximadamente 78 000 a 117 000 mulheres morram anualmente devido a complicações relacionadas com a gravidez. Este indicador coincide com múltiplos aspetos, tais como casta, classe, género e localidade. Oficialmente, existem três categorias de castas: castas registadas, tribos registadas e outras classes desfavorecidas. As castas registadas estão na base da hierarquia social, constituem cerca de 16% da população e vivem principalmente em áreas rurais como trabalhadores agrícolas. As tribos registadas constituem 8% da população total e são socialmente desfavorecidas. Os restantes 76% da população pertencem a outras castas desfavorecidas e favorecidas.