A violência entre parceiros íntimos (VPI) é prejudicial para o bem-estar físico, emocional, sexual, social e mental, para além de constituir uma violação dos direitos humanos. Na gravidez, está diretamente associada a efeitos negativos tanto para a mãe como para o recém-nascido, incluindo mortes maternas e de recém-nascidos. A nível mundial, a prevalência da VPI entre as mulheres é de 35% e no Quénia é de 49%. Estima-se que seja de 13,5% entre as mulheres grávidas no Quénia. Apesar dos resultados adversos da VPI na gravidez, o rastreio durante a gravidez está atrasado. O rastreio da VPI em locais cuidadosamente selecionados dentro das instalações de saúde pública, onde a maioria das mulheres quenianas procura serviços de saúde materna, tem o potencial de melhorar os resultados de saúde das mulheres e dos seus recém-nascidos. Para colmatar esta lacuna, este livro procura apresentar as barreiras associadas ao rastreio da VPI na gravidez. Este trabalho é benéfico para os decisores políticos dos ministérios da saúde e para os médicos que cuidam de sobreviventes de VPI.